Abstract
This paper discusses the questions that emerged from the contact established by Europeans and Indians during the early modern era in what is today Brazil. It aims at demonstrating that dual structuralist models, which overemphasize material arguments of economic expansion and place conquerors and conquered in opposite ends, fail to grasp the rich cultural history embedded in the encounters that took place in that period. Colonization was a multifarious process that involved dealing with incompatible world views and often resulted in a complex history of temporary alliances, of conflict and strife, of negotiation and dialogue. The conquest and appropriation of the Brazilian territory, and the questions that they provoked, did not always put Europeans and Indians one against the other: not rarely, colonization demanded that the Europeans allied themselves to the natives against other Europeans, and that the natives allied themselves to Europeans against other natives. Even the control of the colony by the mother country should not be understood as a top-down movement, for metropolitan policies did not always have the expected answer from the colony or had differentiated social and spatial impacts there.
Similar content being viewed by others
References
Abreu M.A., 1999: EsLa France Antarctique, ou le Brésil français du XVIème siècle. In: Pitte J.-R., Sanguin A.-L. (eds.), Géographie et liberté. Mélanges en hommage à Paul Claval. L'Harmattan, Paris, pp. 201–212.
AHU (Arquivo Histórico Ultramarino), Lisbon, 1647: Consulta do Con-selho Ultramarino, acerca da participação que fizera o Governador do Rio de Janeiro, de terem os Padres da Companhia de Jesus abandonado as aldeias do índios, cuja administração lhes estava confiada, 1647. Rio de Janeiro, Castro e Almeida, Caixa 4, N 602.
Alden D., 1996: The making of an enterprise: The Society of Jesus in Portugal, its empire and beyond, 1540–1750. Stanford University Press, Stanford.
Almeida M.R.S., 2003: Metamorfoses indígenas: Identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Arquivo Nacional, Rio de Janeiro
ARSI (Archivum Romanum Societatis Iesu), The Vatican, 1643: EsCarta do Padre Belchior Pires ao Padre Múcio Vitelleschi. Salvador, 12 de novembro de 1643. Brasilia Epistolae, 1550–1660, 231-232v.
Blaut J.M., 1993: The colonizer's model of the world: Geographical diffusionism and eurocentric history.Guilford Press, New York.
Braudel F., 1953: EsQu'est-ce que c'est le XVI e siècle Annales ESC, VIII-I, Paris.
Brotton J., 1998: Trading territories: Mapping the early modern world. Cornell University Press, Ithaca and New York.
Cardim F., 1980 [1584]: Tratados da terra e gente do Brasil. Editora Ita-tiaia, Editora da Universidade de São Paulo, Belo Horizonte and São Paulo, pp. 101–106.
Coaracy V., 1965: O Rio de Janeiro no século XVII.José Olympio, Rio de Janeiro.
Cunha M.L.C. and Castro E.V., 1985: EsVenganza y temporalidad: los Tupin-amba. In: Pineda-Camacho R. and Alzate-Angel B. (eds), Los meandros de la historia en la Amazonia. Abya-Yala MLAL, Bogota.
Fausto C., 1998 [1992]: EsFragmentos de história e cultura tupinambá: da etnologia como instrumento crítica de conhecimento etno-histórico. In: Cunha M.C.C. (ed.), História dos índios no Brasil. Companhia das Le-tras; Fapesp; Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo, pp. 381–396.
Fernandes F., 1970: A função social da guerra na sociedade tupinambá. Pioneira, São Paulo.
Fernandes F., 1976: EsAntecedentes indígenas: organização social das tribos tupis. In: Holanda, S.B. (ed.), História geral da civilização brasileira, I.Difusão Européia do Livro, São Paulo, pp. 72–86.
Fernandes F., 1989 [1949]: A organização social dos Tupinambá. Hucitec, São Paulo.
Godinho V.M., 1998: EsQue significa descobrir? In: Novaes A. (ed.), A descoberta do homem e do mundo.Companhia das Letras, São Paulo, pp. 55–82.
Huddleston L.E., 1967: Origins of the American indians: European concepts. 1492-1729.University of Texas Press, Austin. Lei sobre a liberdade dos índios (20 de março de 1570), 1954: In: Insti-tuto do Açúcar e do álcool, Documentos para a história do açúcar,I. Serviço Especial de Documentação Histórica, Rio de Janeiro, 225–226.
Leite S., 1938: História da Companhia de Jesus no Brasil, I.Livraria Portugália; Civilização Brasileira, Lisbon and Rio de Janeiro.
Leite S., 1945: História da Companhia de Jesus no Brasil, VI.Livraria Portugália; Civilização Brasileira, Lisbon and Rio de Janeiro.
Lestringant F., 1994: Le cannibale: Grandeur et décadence. Perrin, Paris.
Lima R.C., 1954: Pequena história territorial do Brasil: Sesmarias e terras devolutas. Livraria Sulina, Porto Alegre.
Maestri M., 1995: Os senhores do litoral. Conquista portuguesa e agonia tupinambá no litoral brasileiro (Século XVI). Editora da Universidade, Porto Alegre.
Marchant A., 1942: From barter to slavery: The economic relations of Portuguese and Indians in the settlement of Brazil, 1500-1580.Johns Hopkins University Press, Baltimore.
Monteiro J.M., 1994: Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo.Companhia das Letras, São Paulo.
Neves L.F.B., 1978: O combate dos soldados de Cristo na terra dos papa-gaios: Colonialismo e repressão cultural. Forense Universitária, Rio de Janeiro.
Ogborn M., 1998: Spaces of modernity: London's geographies, 1680-1780. Guilford Press, New York.
Ogborn, M., 2000: EsHistorical geographies of globalisation, c. 1500-1800. In Graham, B.; Nash, C. (Eds.), Modern historical geographies. Prentice Hall, London, 43–69.
Perrone-Moisés B., 1998 [1992]: Esíndios livres e índios escravos: os princí-pios da legislação indigenista do período colonial (séculos XVI a XVIII). In: Cunha M.C. (ed.), História dos índios no Brasil. Companhia das Letras; Fapesp; Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo, 115–132.
Perrone-Moisés L., 1992: Vinte luas: Viagem de Paulmier de Gonneville ao Brasil, 1503-1505.Companhia das Letras, São Paulo.
Pratt M.L., 1992: Imperial eyes: Travel writing and transculturation. Routledge, London.
Regimento de Tomé de Souza (17 de Dezembro de 1548), 1954: In: Insti-tuto do Açúcar e do álcool, Documentos para a história do açúcar,I. Serviço Especial de Documentação Histórica, Rio de Janeiro, 54–55.
Schwartz S.B., 1979: Burocracia e sociedade no Brasil colonial.Per-spectiva, São Paulo.
Souza G.S., 1851 [1587]: Tratado descritivo do Brasil em 1587. Typo-graphia Universal de Laemmert, Rio de Janeiro.
Todorov T., 1999: The conquest of America: The question of the other. University of Oklahoma Press, Oklahoma City.
Varnhagen F.A., 1981: História geral do Brasil, I.Editora Itatiaia; Editora da Universidade de São Paulo, Belo Horizonte and São Paulo.
Wallerstein I., 1974: The modern world-system I: Capitalist agriculture and the origins of the European world-economy in the sixteenth century.Academic Press, London.
Wallerstein I., 1980: The modern world-system II: Mercantilism and the consolidation of the European world-economy, 1600-1750. Academic Press, London.
Wolf E.R., 1997 [1982]: Europe and the people without history. University of California Press, Berkeley and Los Angeles.
Author information
Authors and Affiliations
Rights and permissions
About this article
Cite this article
Abreu, M.A. European conquest, Indian subjection and the conflicts of colonization: Brazil in the early modern era. GeoJournal 60, 365–373 (2004). https://doi.org/10.1023/B:GEJO.0000042972.85389.2c
Issue Date:
DOI: https://doi.org/10.1023/B:GEJO.0000042972.85389.2c